quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Krewman

O Krewmen foi formado em 1982 por Tony Mc Millan que, naquela época, tocava rockabilly (de acordo com algumas fontes, a banda se chamou The Starlites até 1984).Essa primeira formação começa a criar uma moral e renome e em 1985 eles são contratados para serem a banda de apoio de um pseudo Elvis num musical, o qual os levaram aos EUA e Canadá. De volta à Europa, a Lost Moment ofereceu um contrato de gravação, mas os companheiros de Tony decidem sair para seguirem seus projetos pessoais.
Mc Millan assume o baixo acústico e logo recruta Jimmy Fahy para a bateria e Carl “Sonny” Leyland ao piano, guitarra, gaita e vocais, o que muda o som para algo mais influenciado pelo blues, mas ainda assim com um gosto forte de rockabilly. A banda lança dois singles pela Lost Moment (ambos excelentes), agora muito raros mas a disposição no disco “Klassic Tracks From 1985!” (ainda pela Lost Moment) e algumas outras gravações não lançadas estão disponíveis no álbum “I Like Boogie Woogie” de Carl Sonny Leyland.Dentre suas melhores músicas, estão “Ramblin” uma ótima canção do tipo blues americano, mas a influência country ainda é bem visível. Isso demonstra o quão ótimo e versátil guitarrista é Carl Leyland. A lado-b “I’m gonna get it” é uma cação de Jazz Gillum, que eles tocam e a tornam uma canção própria. A música, a voz e a harmonia são claramente “bluesísticas”, mas o jeito que McMillan estapeia seu baixo e a guitarra são bem rockabilly.
No final de 1985, cansado de tocar cover e com a vontade de tocar uma música mais moderna, Mc Millan acha que é hora de uma mudança de direção. Isso leva Leland e Fahy à deixarem a banda. Leyland tocou em diversas bandas antes de se mudar para os EUA, onde montou uma sólida reputação como um pianista de boogie-woogie, jazz e blues. Fahy se juntou depois ao Get Smart, uma banda qual se autodenomina Jazzabilly.
A mais nova formação consiste em Mc Milla na guitarra (seu instrumento de formação), Mark Cole no vocal (às vezes parecido com Pip, vocal do Guana Batz), Dominic Parr na bateria e Jason Thornton de volta ao baixo acústico (ele tocou no The Starlites). Começam rockabilly rápido/psychobilly e sons originais.O primeiro álbum, de 1986, “The Adventures Of...”, inteiramente escrito por Cole e McMillan, se tornou altamente influente na cena psychobilly, por méritos. A seção rítmica é firme, Cole é um dos melhores vocalista da era e as músicas são muito bem desenhadas e originais, ainda ancoradas na estética rockabilly. A banda não encheu linguiça com as faixas, deixando apenas 10.
O próximo disco é o “Into The Tomb”, ainda em 1987, que prova que eles conseguiram gravar 3 clássicos seguidos. Mas dessa vez o som endurece um pouco e há mais covers: “Should I Stay Or Should I Go” do The Clash (um som que provou ser muito popular na cena psychobilly), “Solid Gold Easy Action” do T-Rex e a tradicional “Hava Nagila”. De resto, McMillan toma preponderância nas letras e Cole só colabora em uma música (“Curse Of The Pharaohs”).
Infelizmente todas as coisas boas têm um fim. Cole deixa a banda em 1987, com McMillan tomando conta dos vocais. Mas em 1988, Cole é seguido por Parr e Thornton. Era hora para uma nova formação com Steve Piper na bateria e diversos baixistas até Mark Burke e finalmente Graham Grant.
O som também muda com a nova formação, se tornando mais pesado e com influencias mais pesadas do metal, punk e glam rock. “Plague Of The Dead”, de 1988, combina todas essas influências. A escolha dos coveres revela essa orientação e o gosto variado de McMillan. Desde “Jeanie, Jeanie, Jeanie” de Eddie Cochran até “Do You Wanna Touch” de Gary Glitters, através de “My Generation” do The Who e “Steppin’ Stone” (Paul Revere, The Monkees, mas também interpretada pelos Sex Pisols). Tony cita Chuck Berry, Alice Cooper, Elvis, Rolling Stones, Led Zeppelin, Jimmi Hendrix e Sex Pistols.Se não inesquecível, sofre a comparação com o “período Cole”, “Plague Of The Dead” têm seus bons momentos como “Legend Of The Piper”, “Take a Little More” e os coveres anteriormente mencionados. Apesar dos créditos, parece que McMillan toca as partes do baixo nesse álbum, não satisfeito com seu baixista. Isso antes dele ter achado Paul Oxley.Depois de sua passagem pelo Krewmen, Burke formou o Phantom Rockers em 1988.
1988 e 1989 são anos congestionados para a banda e eles fazem bastante turnês pelos EUA. Entram nos anos 90 com o lançamento de “Power” (um título perfeitamente propício), o qual vai ainda além na direção anunciada pelo “Plague Of The Dead”. “Knight Moves” é claramente metal, “Devil’s Lair” mistura guitarras de hard-rock com baixo acústico e boa parte do resto é influenciado por hardcore. Mesmo assim o disco superou seu antecessor em qualidade. Mais coerente e muito bem produzido. A Cherry Red lançou um DVD com a formação do “Power” (Mc Millan, Hoxley, Piper).
No ano seguinte com o “The Final Adventure”, o Krewmen retorna a um som mais clássico. Algo como um elo perdido entre o “Into The Tomb” e o “Plague Of The Dead”. O single lançado desse álbum também é bom. “Forbidden Planet” é uma das melhores músicas escritas por McMillan. O lado-b contém uma canção country (mas com o tratamento Krewmen) e uma cover de “Paint It Black” dos Rolling Stones, com bateria eletrônica. Essas músicas também estão disponíveis no CD “Single Out” que reúne todos os singles desde que McMillan tomou conta dos vocais. Em 1992, Steve Piper deixou a bateria para tocar a guitarra base e Tony Gallagher o substituiu na bateria. Na frente de lançamentos tudo tem sido bem quieto, mas a Lost Moment relaçou a trilogia clássica em CD.Em 2007, McMillan se juntou à banda de blues rock “Headsmith Band”, como baterista, e os rumores dizem que eles está trabalhando em um novo álbum do Krewmen.

Downloads:

Plague of the Dead
The Adventure Of The Krewmen
Into the Tomb

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Sound of Horror

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